O que a Mercedes-Benz fez em Juiz de Fora

Sou cliente do Jorge da Sinal Verde, que deve estar nos lendo agora.
No início do ano fiz uma revisãozinha geral na oficina dele, e tive que trocar entre outros a bobina que partiu-se quando uma das velas foi retirada.
Conclusão, compramos a bobina Bosh no paralelo pela metade do preço e exatamente igual a do concessionário. Trocamos discos, pastilhas, coxins, correias, esticadores, e um montão de peças e ficou tudo num preço bem honesto. Tudo supervisionado pelo Jorge que está acima de qualquer dúvida como técnico em CLASSE A.

Em tempo: O Jorge me conhece como Garcia, de Santo André, da A190 preta automática.

matraga

Isso aí João.
Me lembro que você e Beto foram as primeiras pessoas para quem mostrei a minha E320 lá no antigo papo do posto há quase dois anos. Por sinal levantaram a minha moral elogiando o meu carro.
Eu estou tentando aqui nesse cantinho, discutir um pouco quais foram os erros da Mercedes em Juiz de Fora, ao gastar US$ 860 milhões para produzir o Classe A para depois paralisar a produção, desempregar quase 5000 pessoas e não saber mais o que fazer com a fábrica.
Pra mim, quando decidiram fazer esta fábrica estavam bêbados na OCTOBER FEST de Munich, pois os fatos mostram que o CLASSE A é ícone de inovação da indústria contemporânea como foi o MINI nos anos 50, mas o planejamento de colocação no mercado brasileiro foi um desastre.

Forte abraço

matrafa

Matraca, não diria que foi um erro, mas realmente não atingiram a meta que gostariam...Até onde eu sei...o Classe A que era feito aqui...seria exportado para os EUA também, por causa da crise do petróleo etc etc etc, porem a crise foi pior que eles imaginaram e "melou" o negocio...
Já disse aqui uma vez..mas a planta de Juiz de Fora é a mais moderna do mundo e não cansa de ganhar prêmios...
Se vocês vissem como o pátio está HOJE...vcs teriam um treco...rsrs Está LOTADO de CLC, de tudo quanto é cor e modelo, fora os outros tipos de carro.

Ou seja...ta vendendo igual pão quente...dizem também que em 2010 irão tentar nacionalizar o CLC...mas...teremos que esperar...

OBS: Vou tentar tirar uma foto do "ninho do passaro" rsrs dá gosto de ver....

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Olá grande Bruno.
Sou seu cliente há quase dois anos e você não sabe.... rs rs rs
Comprei no Baby Benz Club dois escudos para Classe A, e ganhei o decalque BABY BENZ CLUB, que ostento na minha Baby há quase dois anos com o maior sucesso.
Você é pioneiro no Brasil na divulgação e esclarecimento sobre esta pequena maravilha da Mercedes.
Certa vez, em outro site, convidei o pessoal do Baby Benz no Orkut, para me ajudar na defesa da pequena maravilha e quase fui expulso do site, que hoje já acabou e foi tarde.
Você se lembra disto? Talvez o Buss se lembre.... rs rs rs foi hilário.

matraga

Hehehe Claro que lembro...
E agora tenho uma novidade...os adesivos estão saindo com a fonte igual a da Mercedes Benz, igual o logo do meu blog ( [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
Ficou lindão...Créditos da fonte para o amigo Américo de Brito que me cedeu a fonte.
Só não lembro de ter lhe enviado a camisa polo....rsrs

Isso aí super Bruno, continuamos na luta rs rs rs
Por favor deixe o seu e-mail para que eu possa fazer umas encomendas.

matraga

Sempre achei q BabyBenz fosse só a 190E.

Krycek,

Essa expressão acabou pegando para vários Mercedes, sempre o menorzinho de cada época.

Viva.

O Baby Benz Club do nosso confrade Lopes de Juiz de Fora deu êfase ao apelido BABY BENZ e tenho visto inúmeros Classe A, como o meu, em S.Paulo, ostentando o logo BABY BENZ CLUB.
Muito legal esta iniciativa de institucionalizar um apelido para um carro, que tende a pegar forte.

Parabén BABY BENZ CLUB E JUIZ DE FORA

matraga

Pois é...faço de tudo para elevar o nome do nosso querido Baby, muitas das vezes menosprezado pelo seu tamanho reduzido...mas Deus há de perdoar as pessoas que julgam o carrinho sem nem ao menos saber o que é a nossa quase sagrada "sopa de letrinhas" que vem em nosso carrinho (e não é opcional, a qualidade é de série e para todos).

Voltando ao assunto, sobre o lance de ser tantos % importado ou não...fiquei sabendo que é em relação ao peso...ou seja, lataria, chassi, vidro, bateria, etc que eram feitos aqui, somados fazem que o peso em % seja maior, por isso acontece essa "logica maluca", enquanto tirando motor, caixa, etc os componentes eletrônicos são levinhos se comparado a carcaça do bichinho.

Abraço a todos

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Paarabéns Bruno
Você é o Baby Cara.
Você e o André sutentam a nível nacional o bom nome dos Classe A no mercado.
Pode acreditar que muita gente está comprando o carrinho baseado no que vocês falam sobre suas reais virtudes.

matraga

O problema todo é que consumidor de carro popular está se metendo a comprar Mercedes, e ai já viu qualquer reparo vira um pesadelo.
Só espera os consumidores que querem carro turbo e não podem pagar terem grana para pegar um B Turbo usado, é uma questão de tempo.

André, estas são as frase máximas sobre o Classe A.

1- CLASSE-A CARO É O CLASSE A BARATO.

2- CLASSE-A RUIM NÃO PRECISA DE REVISÃO, PRECISA DE RESTAURO

3- CARRO COM ESTRELA NA FRENTE É AUTOMÓVEL E NÃO CONDUÇÃO.

4- CLASSE-A É PARA QUEM TEM PAIXÃO POR AUTOMÓVEL.

5- CLASSE-A É ÍCONE DE INOVACÃO AUTOMOBILÍSTICA DOS ANOS 90, SÓ COMPARADO AOS MINI COOPER DOS ANOS 60.

E TENHO DITO

matraga

E nas Mercedes fabricadas na Alemanha, qual a contribuicao de peças brasileiras ? Aas tantas qual nao foi a minha surpresa ao verificar que no rolamento do tensionador do esticador da correia da W124 6 cilindros turbodiesel 1993 estava escrito "Brazil", fabricado que foi, aqui em Sao Paulo, por uma empresa alema, a FAG / INA. E sabiam que uma empresa mineira, cujo nome desconheço, deve ser a fornecedora das ferramentas ("moldes") que produzirao na Europa as partes constituintes do Smart ?

Pois é Lobo.
A indústria brasileira já produz quase 3 milhões de carros por ano.
Somando isto a cinquenta anos de existência, seguramente dá para se afirmar que não existe carro no mundo, que hoje ela não tivesse condições de produzir.
Lembro também a fábrica de motores para os Mini, que a BMW mantinha no Paraná.
Se as matrizes não fossem protecionistas a ponto de guardar para si a maior parte do desenvolvimento de seus projetos e nos enviar os projetos sucata que sairam de linha na Europa, as coisas poderiam ser diferentes.
Não existe aparentemente lógica em se construir uma fábrica de 860 milhões de dólares para a Mercedes montar CKDs de Classe A no Brasil.

matraga

É... não existe sentido... a menos que o dinheiro seja do BNDES, financiado em 10 anos pela TJLP.

A fabrica da Volks em SJ Pinhais (Golf/A3/Fox) é na verdade da Previ e da Petrus, arrendada pela montadora.

Dificilmente eles põe a mão no bolso.

Olá colegas,

Para complementar as manifestações de todos vocês e ajudar a entender a história da maternidade dos babys-benz mineiros, vou citar alguns pontos que acompanhei de perto equanto trabalhava na fábrica da MBB em São Bernardo do Campo - SBC (1986 a 1996).

1 - O estudo de mercado para produção de veículos de passeio no Brasil foi impulsionado pela "abertura" do mercado nacional no ínício da década de 90 - "Aqueles que possuem alguns fios de cabelos grisalhos como eu talvez se recordem que o Presidente Collor foi à fábrica de SBC";

2 - Os estudos da época indicavam que a planta mais indicada para produção de um automóvel no Brasil seria na planta de Campinas (além de estar ao lado do aeroporto de Viracopos, próximo ao sistema Anhaguera/Bandeirantes, havia espaço adequado - tanto para nova fábrica quanto para instalação de fornecedores satélites);

3 - O Presidente Collor foi afastado, Itamar (Mineiro), assumiu a Presidência da República e Fernando Henrique foi nomeado Ministro da Fazenda, período do ápice da guerra fiscal;

4 - O então governador de Sampa, Mário Covas, não aceitou a renúncia fiscal proposta pela Mercedes-Benz, Minas Gerais com apoio do Itamar ofereceu icentivo fiscal por dez anos além de outras vantagens, daí a estrela de 3 pontas instalou-se em Juíz de Fora;

5 - O volume de produção e preço foram estimados de acordo com um cenário de dez anos, outrossim, foi a percepção que o mercado estaria disposto a pagar pelo veículo (W168) um valor acima do estimado para o mercado brasileiro (recordem-se que o Corsa tinha preço equivalente a US$ 8 mil e era negociado a US$ 11 mil, imaginem o quanto pagariam a mais por Baby completo) ;

6 - Num curto espaço de tempo, a unidade de Campinas encolheu e parte de sua produção de ônibus migrou para SBC;

7 - Transcorrido dez anos, seguindo rigorosamente o script, interrompeu-se a fabricação do baby. :pale: :(


A MBB conhece muito bem as estradas brasileiras, a tecnologia que sustenta as suspensões dos caminhões aqui fabricados é sem dúvida referência mundial, por isso, creio que a principal queixa dos brasileiros - os pulos de coelho da baby - seria eliminado se o projeto da fábrica de automóveis fosse de longo prazo.

Infelizmente, são poucos brasileiros que possuem recursos para manter adequadamente a tecnologia embarcada numa Mercedes (A montadora sabe muito bem disto). Porém, tenho esperanças que haja melhor distribuição de renda e educação em nosso país :juro: , por outro lado, almejo o descarte desta política adota pela ESTRELA MÃE de exportação de veículos "pelados" para o "Brazil" .


Com mais educação :study: e melhores condições para acesso ao mercado não seremos mais tratados como bobos da corte ... Tomara que os olhos da ESTRELA brilhem , que ela acredite em nosso país, e instale uma fábrica sem data de óbtido pré-definida... Daí... :d+: :d+: :d+: ... nossas ruas serão verdadeiras vias-lácteas.

Olá Vanderlei.
Muito interessante estes seus esclarecimentos, principalmente vindos de quem trabalhou na Mercedes.
Agora me esclareça um detalhe.
O projeto W168 não durou 10 anos...as vendas começaram em 1999 e terminaram na metade de 2005.. ou estou equivocado.
Pelo que você disse, talvez me engane, o projeto foi um grande estelionato com dinheiro público????
O que é assustador é a falta de visão estratégica de uma empresa líder como a MERCEDES BENZ, que ao mesmo tempo em que se aventurava no Brasil, se aventurava nos EUA, comprando a quase falida CHRYSLER, onde perdeu 8... sim 8 bilhões de dólares, que somados a 860 milhoes de dólares no Brasil, compões uma das maiores perdas que uma montadora já teve no mundo, por erro de planejamento.
Concuindo..... olha só o que o excesso de CHOPP causou nos executivos da estrela. :D :D :D

matraga

Oi ! Ha pouco, o Xenon perguntava se existe ou existiu algum cem por cento nacional. Devo esclarecer que existiu sim:Gurgel BR 800 !
Va la que a qualidade do carro fosse discutivel, mas o Joao do Amaral Gurgel tinha orgulho em afirmar que o carro que ele produzia tinha tecnologia cem por cento brasileira.
CMC

claro.....100% nacional.........
praticamente usava metade de um motor de brasilia(pistao,cilindros,gira,etc,etc).............
nao estou tirando meritos do gurgel(QEPD) mas da falta de "patriotismo" em patrocinar uma industria 100% brasileira e ter recursos para poder desenvolver uma tecnologia 100% tupiniquim.............
BR800 foi um veiculo visionario(vide smart)....mas a qualidade e o design........claro q o design nunca foi forte na gurgel.........
eita coisinha feia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Voltando ao tópico.
Que trapalhada da Mercedes em Juiz de Fora , hein?
Agora resolveu vender o C garibado, que só exportava para fora.

Agora eh tarde, pois já existe coisa melhor dela mesma concorrendo.

Matraga

Além do BR-800, tivemos outro 100% nacional: o jipe CBT Javali.
Lembro que nas matérias da época, acho que inicio dos anos 90, falava-se que a CBT era uma das únicas três ou quatro empresas no mundo que fabricavam turbinas.

Olha, pessoal,eu acho que uma das grandes destruidoras de carreiras de automoveis chama-se Revista Quatro Rodas!
No teste de estreia do Classe A ela teve a heresia de dizer que o sistema de embreagem automatica do Classe A ja tinha sido o sistema que a antiga DKW tinha usado no seu malfadado Belcar dos anos 60!
Ela nem sequer cogitou em olhar de perto e verificar a distancia de anos -luz de tecnologia dos dois sistemas,que em comum quando muito tinham so os discos de embreagem e olhe la,nao da nem para começar a comparar!
E ainda por cima teve a empafia de dizer que as mudanças de marcha do Classe A sao lentas e que o carro era lerdo!!!!!Que absurdo !
Em tres meses que leio tudo quanto é topico aqui sobre o Classe A ,eu nunca vi ninguem reclamar de lerdeza para engatar as marchas, falta de agilidade do carrinho nem nada, pelo contrario!
Acho que a Quatro Rodas por muitas vezes, nao apenas no caso do Classe A,fez criticas e comparaçoes injustas e levianas por muito tempo.Querem um exemplo?Na mesma revista do primeiro teste do Classe A, a materia seguinte o comparava a van Renault Scenic...
E a ignorancia era tanta que a revista(alias a maioria das revistas, sejamos justos) classificava o Classe A de "minivan"...ora, sinceramente, ficam aqui meus protestos , pois todos nos aqui do forum sabemos que nosso carrinho é um monovolume, e nao uma minivan, nao tem nada a ver uma coisa com a outra!
Esta revista contribuiu para maldizer nossa estrelinha, sem falar no BR800, nos Ladas 2105 e Samara (que me desculpem as pessoas que gostam de Lada, mas este dois mereceram)e varios outros carros.
A verdade é que o Classe A nao merecia o fim que teve, mas foi ate bom nao ter vendido muito,pois ja nasceu um classico da historia do automovel, e Mercedes é e deve ser sempre elite.É preferivel ter qualidade do que quantidade.Assim, ter um Classe A é um privilegio digno de orgulho, se tivesse vendido muito seria simples ralé,como os carrinhos "populares" arroz com feijao que se encontram aos montes nas lojas de carros usados, e que quando a gente diz que tem um, todo mundo boceja ao saber.Mas quando se fala que tem uma Mercedes, qualquer que seja, Classe A incluso, ganha-se respeito,prestigio e consideraçao instantaneos.E passa a ser chamada de "doutor"!rsrsrsrsrs!
E entao, no final das contas, nao foi melhor assim?
CMC

Amigos, sendo nacional ou não, acho que a paralização da produção do Classe A matou a nossa perspectiva de termos outros modelos sendo fabricados aquí com qualidade reconhecida.
As industrias brasileiras estão aptas a produzir peças e componentes para qualquer coisa que ande na terra , água ou ar, vide exemplos da industria aeronautica que fabrica muita coisa complicada aquí para a Embraer e até despertou a ira dos canadenses, americanos e franceses.
O problema a meu ver foi um erro de marketing, por ter um tamanho reduzido, o brasileiro encarou o Classe A como mais um carrinho prático e bonitinho.
A Mercedes Benz nunca mostrou claramente que aquele "carrinho" tinha a mesma tecnologia dos "carrões" e que ele não era um "popular". Deveria ter feito uma campanha mais estruturada em qualidade, durabilidade e segurança.

Em 2005 fui convidado a visitar a fabrica e todo o processo de estamparia, e muitos outros componentes, eu vi sendo produzidos lá, além vários produtos fornecidos por montadores naconais, o que não era fácil para a MB homologar. Só utilizavam produtos realmente de alta-qualidade.